Depois de cinco anos dedicados a academia jurídica, eis a grande hora de prestar o temido por muitos e afagados por todos, o Exame de Ordem, encarado a 1ª fase que é exigida, partir para a 2ª fase, peça processual em área específica, ok, tudo bem. Missão cumprida!
Formalidades, Festas, e logo em seguida um sentimento que assola o coração de muitos advogados, o que fazer? Muitos deixam para o tempo responder essa resposta, encarando um descanso intelectual infinito que pode até durar meses, mais quando a ficha cai, o sentimento retorna, e com ele a responsabilidade cobrada pelos familiares e amigos.
Quando as perguntas começam parecem tocar ainda mais na ferida, “Já escolheu o local para trabalhar?”, “ Quando será sua primeira audiência?”, “ Já tem quantos clientes?”. São apenas perguntas que geram um grande conflito na cabeça do jovem advogado (a).
Mas talvez a principal que assole a mente do jovem advogado (a) seja “como devo proceder na profissão de advogado (a)?”. Essa pergunta infelizmente, as instituições de ensino não respondem para seus alunos, é necessário encarar a realidade jurídica.
Atender clientes? Como faço para conseguir clientes? Posso cobrar consulta? Quanto devo cobrar de honorário? Será que posso pegar a lista telefônica e sair ligando aleatoriamente oferecendo meus serviços?
Primeiramente, é importante salientar que todo início de profissão é difícil e para a carreira da advocacia mais ainda, pois não pode ter caráter mercantilista, ou seja, o advogado tem restrição de publicidade, então já em resposta a última pergunta, EVITE! Ofertar seus serviços como se fosse telemarketing, publicidade do advogado deve ser moderada.
Clientes? Eles virão se buscar meios que possa de forma moderada expor seu trabalho como advogado (a), uma dica, adote um perfil profissional nas redes sociais, crie uma página na internet, ofertar informativos jurídicos, de forma moderada, é uma ferramenta bastante eficaz para o advogado que está iniciando suas atividades profissionais.
Quanto a cobrança de consulta e honorários, a Seccional do Amazonas, disponibiliza no site oficial www.oabam.org.br, uma tabela de honorários mínimos, que pode ser acessada pelo advogado (a), para que jovem profissional possa tomar como base a cobrança de seus honorários e até mesmo consulta. Uma dica? Cobrar consulta jurídica, torna seu trabalho cada vez mais respeitado, pois advogado sábio não sai distribuindo teses jurídicas de graça. E se o cliente achar caro? Dica, o cliente sempre vai achar caro e até mesmo injusto a cobrança de consulta, visto que sua duração geralmente dura no máximo uma hora, mais para dignificar seu trabalho, pode começar iniciando com a simples frase, “Lhe cobro pois dediquei anos de estudos para resolver seu problema em no máximo uma hora”.
Advogado (a), é de extrema importância que jamais demonstre ao seu cliente insegurança nas palavras, e ainda mencionar que a causa está “ganha”. A advocacia é atividade profissional de meio, nunca de resultado. Se porventura mencionar isso, e acabar perdendo a causa, além de dar esperanças em vão, vais perder não apenas um cliente, como vários, pois a propaganda do advogado é o “bocaaboca”.
Para os advogados (as) que temem o espírito empreendedor e não quiserem montarem seu próprio escritório, existem diversos escritórios jurídicos que contratam jovens profissionais para atuarem na profissão, com ambiente próprio e remunerando seus profissionais.
Agora, para os jovens profissionais que pretendem montar escritório, fica a dica, o ambiente de trabalho deve ter o grau de formalidade que a profissão exige. Se porventura não tiver condições, não se preocupe, a OAB/AM proporciona aos jovens advogados o espaço do advogado, com todo formalismo que a profissão exige, na forma de agendamento, onde acomodará ao advogado iniciante e seu cliente, sem gerar nenhum ônus a mais.
No mais, fica aqui os parabéns! Por adentrar a profissão de tamanha importância para o Direito e para a Justiça. E ainda o reconhecimento por seus méritos e dedicação pela escolha da profissão que é indispensável a administração da Justiça.